Recomendação agora é elevar posição acima do neutro devido a janela de oportunidade, ambiente benigno, ciclo de redução de juros e múltiplos descontados.
A bolsa brasileira apresentou uma recuperação significativa nos últimos meses, refletindo a confiança dos investidores na economia do país. Diversas empresas têm buscado abrir seu capital no mercado acionário brasileiro, aproveitando o cenário favorável para captar recursos.
O índice da bolsa brasileira tem sido impactado por diferentes variáveis, desde o cenário político até eventos econômicos internacionais. No entanto, a tendência de valorização do Ibovespa tem se mantido estável, atraindo investidores em busca de oportunidades no mercado de ações.
Itaú eleva recomendação para bolsa brasileira
Nível neutro agora é ultrapassado, aponta relatório (+1, em uma escala que vai até o +3).
A instituição financeira sugere que houve uma correção que abre uma boa janela de oportunidade de compra de ações no mercado acionário brasileiro.
O banco destaca que há um ambiente benigno no exterior, com a expectativa de reduções de juros pelo Federal Reserve, que impulsionará ativos globais de risco. O Itaú ainda salienta que diversos fatores favorecem a alta da bolsa brasileira.
Entre os motivos citados estão o corte de juros locais, o crescimento robusto nos lucros das empresas brasileiras no horizonte de médio prazo, os múltiplos descontados em comparação ao histórico médio e aos pares emergentes e a baixa exposição dos investidores brasileiros em ações, que tende a aumentar à medida que a taxa Selic atinja patamares menores.
O banco ressalta que mantém uma postura atrativa em renda fixa, principalmente em papéis que protegem o poder de compra. O Itaú segue neutro em títulos prefixados e acima do neutro em papéis que acompanham a inflação.
Ciclo de redução de juros e variações cambiais
O banco observa que os preços atuais na renda fixa mostram uma expectativa de Selic próxima a 9,5% ao final do ciclo de redução de juros. No entanto, a instituição aponta que a análise macroeconômica sugere uma tendência de surpresas para baixo nesse patamar.
Segundo o comitê de decisões de investimentos do Itaú, liderado por Nicholas McCarthy, a inflação tem apresentado resultados abaixo do esperado, especialmente nos serviços. No entanto, há uma concentração de reajustes de preços nos primeiros meses do ano, que provavelmente perderá força nos meses subsequentes.
Em relação a possíveis adiamentos na redução de juros nos Estados Unidos, considerando o horizonte de médio prazo, o banco acredita que independentemente de um atraso, a economia permanecerá estável. Isso poderia resultar em uma valorização do real em relação ao dólar, impactando positivamente na queda da Selic no mercado acionário brasileiro.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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