PGR denunciou por invasão aos sistemas do CNJ, alegando falso alvará de soltura e usurpação da assinatura de juízes.
O caso de Walter Delgatti, também chamado de ‘hacker da Lava Jato’, trouxe à tona a fragilidade dos sistemas de segurança cibernética. O hacker conseguiu inserir um falso alvará de soltura no sistema da Justiça, uma ação que poderia ter graves consequências. A investigação da PGR revela a gravidade das ações do hacker e suas possíveis ramificações.
É preocupante a facilidade com que um invasor consegue violar sistemas tão sensíveis quanto o do CNJ. Esse tipo de ataque reforça a importância de medidas preventivas para proteger nossas informações de criminosos cibernéticos. A atuação de Delgatti e sua conexão com a deputada Carla Zambelli levantam questões sobre a segurança digital e a responsabilidade dos envolvidos diante das consequências desses atos.
Investigação da PGR sobre atividades do hacker Walter Delgatti nos sistemas do CNJ
A Procuradoria-Geral da República denunciou o hacker Walter Delgatti por invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), envolvendo a produção de um falso alvará de soltura e outras ações ilícitas. Uma dessas ações incluiu um falso alvará de soltura para Sandro Silva Rabelo, conhecido como Sandro Louco, condenado a 200 anos de reclusão. O hacker assumiu, segundo a denúncia, a assinatura de juízes para inserir diversos alvarás de soltura nos sistemas do CNJ.
Características das invasões atribuídas a Walter Delgatti
O hacker Walter Delgatti é acusado de ter acessado o Sistema Eletrônico de Execução Unificado (SEEU), assim como o Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP), com intuito de realizar suas atividades criminosas. Uma das ações notáveis foi a produção de um falso alvará de soltura que poderia ter possibilitado a libertação de um detento com longa lista de condenações.
Detalhes sobre as invasões nos sistemas do CNJ
Além do falso alvará de soltura, Delgatti invadiu o Sistema de Automação Judiciária (SAJ), agindo supostamente sob a orientação de Carla Zambelli, nos dias 4 e 5 de janeiro de 2023. Durante essas invasões, também buscou requisitar o afastamento de sigilo bancário de Alexandre de Moraes. Posteriormente, em 19 de janeiro de 2023, invadiu o GitLab do CNJ, buscando desacreditar os programas ali hospedados.
Atuando de maneira coordenada, Delgatti e Zambelli, segundo a denúncia, buscaram causar danos tanto midiáticos quanto políticos com o intuito de desmoralizar o sistema de Justiça, alimentando a desconfiança da população. O objetivo era semelhante ao que foi feito contra as urnas eletrônicas, visando abalar a confiança nas instituições.
Consequências e pedido da PGR em relação às ações do hacker
Diante das invasões e manipulações nos sistemas do CNJ, a Procuradoria-Geral da República pede a condenação de Walter Delgatti e Carla Zambelli por crimes de invasão a dispositivo informático e falsidade ideológica em coautoria. Além disso, solicita o ressarcimento dos danos causados pelas ações do grupo. O movimento hacker teve como propósito desestabilizar e desacreditar o sistema de Justiça, constituindo um ataque grave à ordem pública.
Fonte: © Migalhas
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