São Paulo tem mais de 60 mil imóveis novos à venda, com metragem de 30 a 45 m², segundo Pesquisa Secovi-SP do Mercado Imobiliário (PMI).
De acordo com a Pesquisa Secovi-SP do Mercado Imobiliário (PMI), a cidade de São Paulo conta com uma ampla variedade de aproximadamente 60 mil imóveis novos disponíveis para venda. Dentre eles, a maioria possui menos de 45m², sendo que 48% possuem metragem entre 30 a 45m² e 19% possuem menos de 30m². Apenas 1% dos imóveis novos (equivalente a 1080 unidades) têm mais de 180m².
Para quem busca por apartamentos novos, essa oferta diversificada pode ser bastante atrativa. Com a possibilidade de escolher entre opções com diferentes metragens e configurações, os interessados podem encontrar o imóvel ideal para atender às suas necessidades e preferências. Além disso, a atualização constante do mercado imobiliário garante que novas opções de apartamentos novos estejam sempre surgindo na cidade.
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Minha Casa, Minha Vida e os apartamentos novos
Todos os imóveis que se encaixam no Minha Casa, Minha Vida estão dentro deste recorte’, destaca Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP. ‘É fundamental também considerar o preço. As unidades menores, mesmo em regiões valorizadas, são mais acessíveis e, assim, atraem uma demanda maior.
Além disso, há o Plano Diretor de 2014, que incentivava os incorporadores a construir unidades sem vagas de garagem para disponibilizá-las aos imóveis maiores’, complementa. A advogada especializada em Direito Urbanístico, Marcella Martins Montandon, sócia do escritório Duarte Garcia, Serra Netto e Terra, concorda com o economista.
A importância da metragem de 30 a 45 m² nos imóveis novos
‘Até 2014, era mais econômico construir unidades habitacionais com uma área de até 50m² devido ao cálculo da outorga onerosa, que era de 0,8’, analisa. ‘Além disso, o Plano Diretor de 2014, ao desencorajar a previsão de vagas em empreendimentos próximos a transporte público, considerava uma vaga por unidade habitacional como ‘não computável’.
Consequentemente, houve um aumento considerável de apartamentos pequenos nesses locais’, contextualiza. A produção de estúdios em São Paulo tem compensado as novas demandas habitacionais. A mistura de apartamentos maiores e menores nos edifícios, com mais vagas para os maiores e nenhuma para os menores, tem sido uma abordagem adotada.
A evolução do Minha Casa, Minha Vida e seus impactos
A pesquisa realizada pelo Secovi-SP indica que a maioria dos imóveis disponíveis para venda em São Paulo não atende aos requisitos do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida. Atualmente, 38% dos apartamentos lançados nos últimos 12 meses se enquadram no segmento econômico, enquanto os outros 62% estão em Outros Mercados, como o médio e alto padrão.
É notável uma readequação desses números. Em fevereiro, o lançamento de unidades do MCMV superou os lançamentos de Outros Mercados, com 63% para o MCMV. Já nas vendas, 53% dos imóveis comercializados na cidade foram através do Minha Casa, Minha Vida.
A zona Sul de São Paulo e o mercado de imóveis novos
A zona sul concentra 34% das unidades disponíveis para venda em São Paulo, seguida pela zona oeste (24%) e zona leste (23%). Em contrapartida, o centro possui apenas 7% dessas unidades disponíveis. O desenvolvimento imobiliário está migrando para o sudoeste da cidade, impulsionado pela oferta de serviços e investimentos em infraestrutura.
Por outro lado, a região central enfrenta questões de abandono desde os anos 70, com menor atuação estatal e degradação urbana. A escassez de terrenos sem construção e a falta de incentivos para reformas impulsionam essa transição, apesar de iniciativas como a lei da operação urbana centro e Lei de Retrofit contribuírem para atrair investimentos.
Fonte: © Estadão Imóveis
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